Aula online sobre o protagonismo negro na fotografia

Ancestralidade, herança artística e representatividade serão alguns dos temas abordados na atividade que integra a programação do Mês da Consciência Negra na Escola




Artes Visuais, Cultura

Na próxima terça-feira, dia 23 de novembro, às 18h, a Escola Porto Iracema das Artes — instituição da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) — realiza a aula aberta “O protagonismo negro na fotografia”, com a fotógrafa e pesquisadora Tamara Lopes. A atividade virtual integra a programação do Mês da Consciência Negra e será transmitida pelo canal da Escola no Youtube.

Ministrada por Tamara Lopes, professora do Percurso de Fotografia Digital no ciclo 2021, a aula tem como proposta principal apresentar e analisar produções imagéticas de artistas negras, negres e negros que trouxeram a diáspora africana como temática focal para seus percursos artísticos. Todas as fotografias selecionadas visam expor a multiplicidade que é a cultura e a identidade negra.

O Mês da Consciência Negra não existe para que as pessoas negras fiquem falando sobre suas experiências de racismo ou sobre as violências que sofreram. O Mês da Consciência Negra é para mostrar o quão importante é a cor da nossa pele, a textura do nosso cabelo, a nossa identidade para a formação do povo brasileiro, para a formação da nossa sociedade”, afirma Tamara.

No encontro, serão abordados aspectos como ancestralidade e representatividade a partir de obras de artistas do Brasil e de países africanos. Tamara Lopes explica que, diante do apagamento histórico criado pela branquitude, garantir e resgatar elementos da cultura preta é indispensável para que haja protagonismo negro em sociedade. Assim, a aula acontece com intuito de gerar sentimento de representatividade. As narrativas construídas e debatidas no momento vão de encontro ao apagamento histórico e a marginalização que não cabem e não pertencem ao povo negro.

Sobre a artista

Tamara Lopes é uma artista negra, bissexual, moradora de periferia. Mestranda em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), formada em Comunicação Social – Jornalismo (UFC) e especialista em Cinema e Audiovisual (Estácio). Tamara utiliza a arte como uma forma de revelar ao mundo sua realidade. A artista começou na fotografia em 2012, foi contemplada com editais e participou de mostras de fotografias. É professora de fotografia do Percurso de Fotografia Digital e também atua no teatro e na dança.