“Bacurau” é grande vencedor da 19ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – Grande Otelo

O grande consagrado desta edição foi Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, que levou seis estatuetas para casa.




Cinema, Cultura

A noite foi de gala para o cinema nacional neste domingo (11), com a 19ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Por causa da pandemia de covid-19, a festa foi transferida do Theatro Municipal para os estúdios da TV Cultura, em São Paulo, com cerimônia transmitida pela emissora e pelas redes sociais.

O grande consagrado desta edição foi Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, que levou seis estatuetas para casa, incluindo o principal prêmio da noite, de melhor longa-metragem de ficção, além de direção e ator — para o cearense Silvero Pereira, que empatou na categoria com Fabrício Boliveira, de Simonal. 

Outros destaques ficaram para A Vida Invisível, com cinco prêmios, incluindo o de melhor atriz coadjuvante para Fernanda Montenegro; e o próprio Simonal, com quatro, entre eles o de melhor primeira direção de longa-metragem para Leonardo Domingues.

— Foi um ano de descobertas — declarou o presidente da Academia Brasileira de Cinema, Jorge Peregrino, na abertura do Prêmio. — A principal, a de que ninguém vive sem arte, sem cultura e sem audiovisual. Em qualquer de seus formatos ou manifestações. Imagine quem resistiria a seis meses de quarentena sem poder assistir a um filme, a uma série, a um documentário, de produção brasileira ou estrangeira.

A condução da cerimônia virtual ficou a cargo de Adriana Couto, do programa Metrópolis da TV Cultura, e Marina Person, atriz e diretora. Os vencedores do Grande Otelo foram revelados pelas duas, sendo que as estatuetas serão enviadas mais tarde diretamente para a a casa dos premiados.

Ao longo da transmissão, também foram exibidos vídeos em que os vencedores celebravam a indicação ao prêmio. O gaúcho Otto Guerra falou sobre Ressurreição, que levou a estatueta de melhor curta-metragem animação:

— Nosso curta-metragem Ressurreição é um roteiro lá dos anos 1980. Eu e o Rodrigo Guimarães, que é o roteirista, resolvemos fazer o curta-metragem quarenta anos depois porque a temática é super atual.

Confira a lista de vencedores

Melhor atriz coadjuvante

Fernanda Montenegro, por A Vida Invisível

Melhor ator coadjuvante

Chico Diaz, por Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral

Melhor série ficção TV paga e OTT

Sintonia, de KondZilla, Guilherme Quintella e Felipe Braga

Melhor série de ficção TV aberta

Cine Holliúdy, de Patrícia Pedrosa

Série de animação TV paga e OTT

Turma da Mônica Jovem, de Mauricio de Sousa e Roger Keesse

Melhor longa-metragem infantil

Turma da Mônica – Laços, de Brinca Villar, Fernando Fraiha, Karen Castanho/Biônica Filmes, Charles Miranda, Cassio Pardini/Quintal Digital, Cao Quintas/Latina Estudio, Marcio Fraccaroli/Paris Entretenimento e Daniel Rezende

Melhor série documentário TV paga e OTT

Quebrando o Tabu, de Katia Lund e Guilherme Melles

Melhor direção de arte

Rodrigo Martirena, por A Vida Invisível

Melhor efeito visual

Mikael Tanguy e Thierry Delobel, por Bacurau

Melhor Figurino

Marina Franco, por A Vida Invisível

Melhor maquiagem

Simone Batata, por Hebe – A Estrela do Brasil

Melhor Direção de Fotografia

Helène Louvart, por A Vida Invisível

Melhor curta-metragem animação

Ressurreição, Otto Guerra

Melhor curta-metragem documentário

Viva Alfredinho, de Roberto Berliner

Melhor curta-metragem ficção

Sem Asas, de Renata Martins

Melhor Roteiro Adaptado

Murilo Hauser, Karim Aïnouz e Inés Bortagaray, por A Vida Invisível

Melhor roteiro original

Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, por Bacurau

Melhor montagem documentário

Karen Harley, por Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar

Melhor montagem ficção

Eduardo Serrano, por Bacurau

Melhor som

Marcel Costa, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond, Armando Torres Jr., ABC e Renan Deodato, por Simonal

Melhor trilha sonora

 Wilson Simoninha e Max de Castro, por Simonal

Melhor primeira direção de longa-metragem

Leonardo Domingues, por Simonal

Melhor longa-metragem animação 

Tito e os pássaros, Gustavo Steinberg

Melhor longa-metragem ibero-americano

A Odisseia dos Tontos, de Sebastián Borensztein

Melhor longa-metragem internacional

Parasita, de Bong Joon-ho

Grande Otelo Voto Popular

Eu Sou Mais Eu, de Pedro Amorim

Melhor atriz

Andrea Beltrão, por Hebe – A Estrela do Brasil

Melhor ator

Silvero Pereira, por Bacurau, e Fabrício Boliveira, por Simonal

Melhor direção

Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, por Bacurau

Melhor longa-metragem documentário

Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes

Melhor longa-metragem comédia

Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral, de Halder Gomes

Melhor longa-metragem ficção

Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho

Com informações do Portal GHZ