O Coletivo Camaradas segue com inscrições abertas até a próxima terça-feira, 26, para o curso: Cultura, Movimento Comunitário e Direito à Cidade. A ação é uma realização do Projeto Território Criativo do Gesso com apoio da Secretaria de Cultura do Ceará – Secult – através da Lei Aldir Blanc: Prêmio Fomento Cultura e Arte do Ceará.
Centenas de pessoas do país inteiro já se inscreveram para a capacitação gratuita com mediadores reconhecidos nacionalmente. O curso, que terá início em 27 de abril, é formado por 17 módulos distribuídos em aulas online às terças e quartas, no horário das 19h às 21h. Conta com cinco organizações parceiras: Comissão Cearense do Cultura Viva, Federação de Entidades Comunitárias do Cariri (FEC), Federação de Entidades de Bairro e Favelas de Fortaleza, Aldeias e Moacpés.
Dentre seus objetivos, o Coletivo Camaradas busca proporcionar diálogos e reflexões teórico-críticas em cima dos temas propostos pelo curso. Desta forma, os aprendizados colhidos irão contribuir junto aos movimentos sociais e suas intervenções socioespaciais.
Certificação
Como público-alvo, a organização pretende atingir os membros representantes de associações de moradores, grupos artísticos, de cultura popular e cênicos, literários, esportivos, de hip-hop e de capoeira. Busca ainda, representantes de movimentos identitários, produtores de cultura, pesquisadores, estudantes e gestores escolares e culturais.
As aulas serão exibidas pelo canal do Coletivo Camaradas no YouTube até 22 de junho. O certificado emitido será de 40h/a. O idealizador do Território Criativo do Gesso, Alexandre Lucas, ressalta a contribuição da formação. “Nós entendemos que esse curso tem importância para o processo de pensar a atuação das organizações na cidade, essa interface com cultura ocorre de forma mais minuciosa nas espacialidades que são ocupadas pelas interações humanas.
Confira abaixo o link para inscrição e os conteúdos a serem trabalhados:
Link: https://forms.gle/NeJWfdXezBdLrK6VA
O Território Criativo do Gesso
Quando se pensa a comunidade do Gesso a partir da sustância de relações, podemos fazer outra leitura da realidade e perceber minuciosamente o contexto de lugar e sua territorialidade. Paralelamente, esse contexto não pode ser percebido como harmonioso, estático e muito menos se enfeitiçar com o discurso traiçoeiro de que “todos têm o mesmo objetivo”. É composto por cinco bairros: Centro, São Miguel, Pinto Madeira, Palmeiral e Santa Luzia.
A realidade do lugar e do Território deve ser percebida como dinâmica e permeada por conflitos e disputas de narrativas. Escutar o lugar, perceber as vozes do território, aferir a correlação de forças políticas, compreender a existência de várias narrativas e do campo de conflito é se situar nas condições objetivas em que os lugares e os territórios são gestados.
O Território Criativo do Gesso foi concebido, conceitualmente, a partir desta compreensão e tem demonstrado que é um caminho para construir uma radiografia da realidade urbana, social e cultural e, ao mesmo tempo, impulsionador do protagonismo social, ocupação criativa do espaço urbano, intercâmbio e trânsito humano, atrações de repertórios e eventos culturais, movimentação da economia local, ampliação da visão social de mundo, articulação em rede, diálogos com o poder público. Quando possível, é sempre necessário pontuar que os movimentos sociais só existem por conta da ausência do estado, portanto, o confronto, às vezes é o viés possível.
O Coletivo Camaradas
Criado em 2007, é uma organização que atua no campo da democratização estética, artística, cultural e literária a partir de um viés da transversalidade da cultura e do direito à cidade. Tendo uma forte atuação na construção do Território Criativo do Gesso, na cidade do Crato, o Território é composto por quatro bairros: São Miguel, Santa Luzia, Pinto Madeira e Centro, na comunidade do Gesso.
Conteúdos:
1. Cultura Como Produto Histórico-Social – Javier Alfaya
Data: 27 de abril
2. Participação Social e Luta de Classes – Darlan Reis e Joan Edesson de Oliveira
Data: 29 de abril
3. Sistemas de Cultura – Alexandre Santini e Dane de Jade
Data: 04 de maio
4. A História do Cultura Viva – Célio Turino
Data: 05 de maio
5. Educação para Classe Trabalhadora e a PHC – Marteana Ferreira Lima e Nereide Saviani
Data: 11 de maio
6. O que são e por que existem os movimentos sociais? – Roberto Siebra, Joelmir Pinho, Aurélio Matias e Bruna Garcia
Data: 12 de maio
7. O que é Direito à Cidade? – Ângela Lima
Data: 18 de maio
8. Meio Ambiente, Promoção da Saúde e Urbanização Humanizada – Carlos Gomide
Data: 19 de maio
9. O Movimento Comunitário e a Luta pela Cidade – Raniere Moreira, Natanael Mora, Samuel Duarte Siebra, José Domingos da Silva, Inácio Arruda e Edson Veriato
Data: 25 de maio
10. Como Elaborar um Projeto Cultural? – Monique Cardoso
Data: 28 de maio
11. Luta Interseccional (Classe, Gênero e Cor) – Danielli Balbi
Data: 01 de Junho
12. Comunicação para os Movimentos Sociais e Construção da Narrativa de Lugar – Rodolfo Santana, Débora Silva Costa e Bibiana Belisário
Data: 02 de junho
13. Articulação em Rede – As Experiências do Território Criativo do Gesso – Alexandre Lucas e Jards Damasceno
Data: 08 de junho
14. Democratização da Leitura – A Experiência do Território da Palavra – Luciana Bessa, Marta Regina Amorim e Rebeca Baia
Data: 09 de junho
15. Cultura e Transversalidade – Fred Negro F, Marcos Rocha e Rosemberg Cariry
Data: 15 de junho
16. Experiências de Economia Solidária e Economia Criativa – Solange Santana, Saymo Luna, Maria Isabel Sousa Bezerra e Lindicássia Nascimento
Data: 16 de junho
17. Seminário de Experiência de Cultura de Base Comunitária – Jéssika Cariri, Josier Ferreira, Maria Gomide e José Gilsimar Oliveira Gonçalves
Data: 22 de junho