Exposição “O que pode uma mulher que borda” será lançada nesse sábado (30)

O projeto busca trazer reflexões acerca das potencialidades e possibilidades de resistência com a união do bordado e feminismo.




Cultura

O bordado historicamente foi considerado uma tarefa que toda mulher precisava aprender para se tornar uma verdadeira dona de casa. Mas, com o avanço das discussões de gênero e reflexão sobre o papel da mulher dentro de uma estrutura patriarcal, o que era considerado obrigação para se encaixar nos moldes estabelecidos, tornou-se uma forma de denúncia e resistência. 

É nesse sentindo que surge a exposição coletiva “O que pode uma mulher que borda”, projeto fomentando com recursos da Lei n°14.017/2020 – Lei Aldir Blanc, através do Edital Arte Livre. Dinha Fonsêca, idealizadora da exposição, conta que durante a pandemia, onde as mulheres foram as mais prejudicadas política e economicamente, foi onde sentiu a necessidade colocar tudo pra frente. 

Dessa forma, eu penso que o feminismo é uma ferramenta política muito válida para desencadear processos de resistência, mas como essa dimensão aparece nos nossos trabalhos com o bordado? E na nossa vida? Foi aí que eu pensei que eu poderia levar uma questão central para as bordadeiras e a partir das suas reflexões elas criassem uma obra para responde-la. 

Dinha Fonsêca

No total, 11 mulheres estão envolvidas no projeto, e pretendem com a exposição mostrar o que pode uma mulher que borda diante da estrutura em que vivemos. “Acredito que essa questão também permite que as mulheres suspendam também a realidade para que a reflexão extrapole o palpável e permita refletir sobre o que pode ser”, completa Dinha. 

A exposição será lançada dia 30/01 (sábado) no Youtube às 18H através do canal “Borda Dinha” 

Pôster do projeto.
Foto: Reprodução (@oquepodeumamulherqueborda)