O show “Amarga” e uma entrevista exclusiva com a artista sobralense Moon Kenzo serão exibidos em formato virtual neste sábado, 29, no Youtube da Porto Iracema das Artes — instituição da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). A estreia marca o Dia da Visibilidade Trans na programação da Escola, que conta com outras ações nas redes sociais. Originalmente realizado de forma presencial no pátio da Escola, em dezembro de 2021, a apresentação será reproduzida a partir das 19h.
Natural de Sobral-CE, Moon Kenzo desenvolve projetos como cantora, compositora e atriz. O show “Amarga”, desenvolvido na última edição do Laboratório de Música da Porto Iracema, é resultado da imersão criativa da artista no programa formativo. Nas canções, repletas de experimentações sonoras, temáticas que abordam paixões, aflições, medos e vulnerabilidades são responsáveis por proporcionar “intensas explosões como uma bomba atômica pronta para destruir este CIStema colonial”.
Para ela, a apresentação presencial na Porto Iracema foi marcante na carreira como artista. “Acredito que representou uma reafirmação da continuidade do processo, estar no Porto naquele dia, no meu primeiro e único (até agora) show presencial”, comenta. Ao convidar o público, Moon ressalta a entrega envolvida na apresentação. “Acredito que tudo que me comprometi com a estética e com a técnica, eu entrego. O show está lindo e as canções estão cada dia mais ressignificadas dentre os contextos das nossas realidades. É Chique! É Sexy! É Amarga”, avalia.
Em seus trabalhos, a artista aborda a transgeneridade e a representação do corpo gordo e preto em prol do desenvolvimento de um protagonismo contra-hegemônico, criando representatividade e possibilidades através da arte. Na apresentação, ela é acompanhada de Gegê Teófilo, que também integrou o Laboratório de Música da Escola.
Sobre o Dia da Visibilidade Trans
Celebrado em 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade Trans relembra a conquista de direitos civis e as lutas sociais históricas e diárias de pessoas transgêneras. O marco tem como origem a mesma data no ano de 2004, quando líderes do movimento trans se reuniram, no Congresso Nacional, para lançar a campanha “Travesti é Respeito”, em parceria com o Ministério da Saúde.