Indicações para 2024: conheça os 5 livros favoritos do redator do Foobá

Na era em que vivemos on-line praticamente 24 horas por dia e 7 dias por semana, ler livros é um hábito que vem diminuindo a cada dia.




Cultura, Literatura
livros (Foto: Memyselfaneye/Pixabay)

Na era em que vivemos on-line praticamente 24 horas por dia e 7 dias por semana, ler livros é um hábito que vem diminuindo a cada dia. De acordo com a última edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que saiu em 2020, o Brasil possui 100 milhões de leitores – equivalentes a 52% da população do país. Porém, apenas 24% afirmaram que leem livros no seu tempo livre.

A maioria das pessoas têm usado seu tempo livre para assistir televisão (67%), usar a internet (66%), usar WhatsApp (62%), escutar música ou rádio (60%), assistir filmes ou vídeos (51%) ou usar redes sociais (44%).

Se você, caro leitor do Foobá, quer adquirir ou retomar o hábito da leitura de livros em 2024, este redator que vos escreve preparou uma lista com 5 dos meus livros favoritos para, quem sabe, te inspirar a ler algum (ou alguns) deles.

O Lado Bom da Vida (Matthew Quick)

Sou suspeito para falar desse que é meu livro favorito e que muitos já devem ter ouvido falar devido ao sucesso que foi o filme de mesmo nome com Bradley Cooper e Jennifer Lawrence. O livro é como um diário narrado por Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 que acaba de sair de uma instituição psiquiátrica e que encontra na musculação uma forma de ajuda para lidar com seus problemas que ele não sabe exatamente quais são, já que ele não se lembra como foi parar lá e nem quanto tempo se passou desde que fora internado.

O que ele sabe (será?) é que sua esposa Nikki pediu um “tempo separados” e sua motivação é voltar para a esposa. Mas as coisas podem acontecer de uma maneira inesperada nesse livro cujo personagem principal nos ensina a ver o lado bom da vida e a lutar profundamente pelos seus objetivos, mesmo que haja milhares de obstáculos intransponíveis à frente.

Uma História Meio Que Engraçada (Ned Vizzini)

Outro livro que também virou filme e outro caso em que o livro é melhor que o filme (me julguem). Aqui conhecemos Craig Gilner, um adolescente com depressão que se cobra para entrar numa escola profissionalizante achando que tudo ficaria bem se conseguisse passar no processo seletivo, até que ele passa, mas descobre que nem sempre as coisas saem como o planejado.

Com toda a pressão da nova escola e das frustrações da adolescência, Craig decide se suicidar, mas num último impulso liga para uma central de ajuda, que consegue auxiliá-lo e indicar que ele se interne em uma ala psiquiátrica por alguns dias. Lá, ele vai conhecer novas pessoas com suas peculiaridades, vai vivenciar experiências inimagináveis para ele, e vai conhecer uma garota. O livro foi inspirado na história do próprio autor.

Ponte Para Terabítia (Katherine Paterson)

Esse foi o único livro que me fez chorar. Nessa aventura infantil, mas que ensina muitos aos adultos (costumo comparar esse livro a O Pequeno Príncipe, até no tamanho, uma história relativamente curta), na volta às aulas, Jess conhece a nova aluna da escola, Leslie; daí nascerá uma grande amizade e um grande reino imaginário no meio do bosque chamado Terabítia, até que um evento muda o rumo de tudo…

Deixe a Neve Cair (Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle)

Já ouviu falar nos chamados comfort movies, ou seja, aqueles filmes leves que assistimos para relaxar? Este é um comfort book, digamos assim. Este livro traz 3 contos levemente interligados, escritos respectivamente por Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle, e que se passam em uma inusitada noite de Natal com uma inesperada tempestade de neve. Indicação para quem quer se desligar um pouco do mundo real e aproveitar uma leitura simples e gostosa.

1984 (George Orwell)

Fechando a lista, não podia deixar de trazer essa que foi a melhor leitura obrigatória da minha vida. Comecei a ler por obrigação, para apresentar um seminário de Filosofia, e acabei virando fã de George Orwell e de distopias (conceito utilizado para caracterizar um cenário fictício, seja ele um local, uma era, uma comunidade ou uma sociedade, onde a existência é marcada por condições precárias e sofridas, sob a dominação de um regime autoritário).

Na trama, originalmente publicada em 1949 e que se passava no futuro ano de 1984, acompanhamos Winston e sua rotina no Ministério da Verdade, cujo trabalho é, ironicamente, reescrever a verdade, falsificando fatos históricos para corroborar com os fatos ditos pelo Grande Irmão, “o olho que tudo vê”, que tem câmeras por toda a parte e inclusive dentro das casas para saber tudo que acontece. Até que Winston conhece Julia, e juntos vão pensar em uma forma de rebelião, que pode não ser tão fácil em um mundo tão autoritário.